Sem esconder sua ganância política em cima da militância petista, o ministro Márcio Macedo (PT) não tem economizado em oportunidades para angariar fortalecimento nas próximas disputas eleitorais. Prova disso é sua relação de proximidade com o grupo governista e, em especial, com o governador Fábio Mitideri (PSD), que escancara seu rompimento institucional com o posicionamento de oposição da executiva estadual do PT, a fim de firmar, novamente, uma aliança entre o partido com os situacionistas.
A aproximação entre ambos foi ainda mais evidente no evento de ontem, em Maruim, durante a visita do presidente Lula (PT) a Sergipe. Na ocasião, Macedo, que foi um dos organizadores, mostrou favorecimento a aliados do bloco governista no palanque do petista, enquanto que os deputados esquerdistas Chico do PT e Linda Brasil (PSTU) foram barrados de irem até o palco.
A organização também chegou a barrar líderes de movimentos sindicais e deixou à mercê equipes da imprensa local, que chegaram a passar mal devido à péssima estrutura.
Em contrapartida, a irmã do governador e deputada estadual, Maisa Mitidieri (PSD), por exemplo, foi privilegiada com uma das cadeiras próximas ao petista. Além disso, houve também o almoço após o ato, realizado na casa do pai de Fábio, Luís Mitidieri, e não em um local oficial do governo, como deveria ser, o que logo foi criticado por aliados.
Toda essa conjuntura rapidamente chamou a atenção nos bastidores. O cenário em volta da visita de Lula deixou claro o jogo de interesses de Macedo, e não só pela organização da cerimônia em Maruim, mas incluindo uma série de fatores, que vem se desenrolando desde sua nomeação a um cargo de alto escalão no governo Lula.
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