Mais uma reunião da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas, em que o senador por Sergipe, Rogério Carvalho (PT), conhecido por sua força de embate, tem sido um dos principais personagens, encurralou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desta vez, nesta terça-feira, 11, o petista fez declarações contundentes contra o tenente-coronel Mauro Cid, acusado de envolvimento com a organização e execução das ações antidemocráticas, ocorridas no dia 8 de janeiro.
“O tenente-coronel Mauro Cid, além de estar sob investigação por fraudes em cartões de vacinação e por supostamente agir para beneficiar a família do presidente Bolsonaro ao tentar obter joias destinadas à República Federativa, também desempenhou um papel ativo na organização dos atos ocorridos em 8 de janeiro”, pontuou Rogério, na ocasião.
Preso pela Polícia Federal, Mauro Cid enfrenta uma série de acusações graves, incluindo a tentativa de golpe, já que indícios de seu envolvimento na organização dos atos antidemocráticos foram encontrados em seu celular, assim como conversas que o relacionam ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Ainda durante seus questionamentos, o senador trouxe à tona o fato de que o tenente-coronel teria informações sobre quem seria o autor do atentado que culminou na morte da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. Sobre a questão, Carvalho perguntou sobre o papel de um servidor das forças armadas em não contribuir com as investigações. “É ético permitir que alguém que possua informações sobre o assassinato de Marielle Franco fique em silêncio?”, indagou.
Assim como ocorreu com todos os demais parlamentares, o tenente-coronel Mauro Cid não respondeu a nenhum dos questionamentos.
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