Nos bastidores, tanto para os analistas políticos, quanto para a população, chamou a atenção a forma escrachada que a deputada federal Yandra Moura justificou sua ausência na votação para manutenção da prisão de seu ex-correligionário do União Brasil, Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.
Vale destacar que o líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), votou contra a prisão de Brazão, e passou a orientar a bancada para adotar a mesma posição e disse que era necessário “defender as prerrogativas dos deputados”.
Para evitar os previsíveis desgastes já que, se estivesse presente, deveria votar contra a prisão, a deputada alegou problemas de saúde como motivo para não participar da votação, um argumento que, dadas as circunstâncias, foi recebido com ceticismo tanto por analistas políticos quanto pelo público em geral.
Essa desconfiança se acentuou por conta das evidentes ligações de seu pai, André Moura, com o cenário político do Rio de Janeiro, onde ele é secretário do governo.
As reações nas redes sociais variaram do indignado ao irônico, com comentários que vão desde acusações de atuação digna de uma “atriz da TV Globo” até questionamentos sobre suas ambições. “Só pode ser brincadeira que uma coisa dessas quer ser prefeita de Aracaju”, comentou um internauta. “Apenas uma enorme coincidência”, ironizou mais um.
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