O caso veio à tona através do conteúdo de um áudio cedido à imprensa em 2021. Nele, a denunciante Gildete Dias Menezes conversa com José Carlos Almeida, chefe de gabinete do deputado estadual Samuel Carvalho (Cidadania), logo após receber a notícia de sua  exoneração do cargo de assessor técnico-operacional, que ela ocupava no gabinete da presidência da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese). No diálogo, a suspeita do esquema criminoso é levantada.

O Ministério Público de Sergipe (MP-SE) passou a ouvir nesta terça-feira, 20, as testemunhas que foram oficiadas para prestar depoimento sobre o caso que investiga um suposto esquema de rachadinha no gabinete do Dr. Samuel Carvalho na Alese.

Na conversa, Gildete afirma que a esposa de Samuel, Adriana Menezes, recebia parte do salário pago pela Casa Legislativa. O chefe de gabinete, José Carlos, disse ainda que interviu no pedido de exoneração de outra servidora, Maria Alcileide Costa da Silva, conhecida como Leda. “Você sabe, né? É… que ela [Adriana Menezes] pega o dinheiro de todo, né? Rapaz, Leda [Maria Alcileide Costa da Silva], eu falei com Leda agora, ela disse que o motorista vai todo mês “panhar” o dinheiro. Se ela tá com auxílio emergencial?” diz Gildete em um trecho do áudio revelado.

A denunciante, Gildete, que é ex-servidora do gabinete do parlamentar, foi ouvida pelo MP-SE ainda no fim de 2021. Desde que o fato ganhou o noticiário, a ex-funcionária relata ter sido vítima de ameaças de morte, chegando a lavrar um boletim de ocorrência em janeiro deste ano. Pré-candidato à reeleição em 2022, Samuel Carvalho nega haver o esquema. Ele disse ainda que, caso a rachadinha seja comprovada, irá renunciar ao mandato legislativo. 

Com informações de AjuNews

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