Nessa quinta-feira (22), um empresário golpista de 61 anos, foragido de Santa Catarina, foi preso no bairro Novo Paraíso, na Zona Norte de Aracaju.
Segundo informações policiais, o foragido praticou diversos golpes em Aracaju se passando por um representante de uma construtora em São Paulo, vitimando mais de dez pessoas, três hoteis, uma loja de informática e um escritório de coworking.
Contra ele, havia um mandado de prisão em aberto na cidade de Joinville (SC) pela prática do crime de redução à condição análoga à de escravo – crime relacionado ao ato de submeter alguém a condições degradantes de trabalho.
Em Sergipe, investigações começaram quando um grupo de vítimas procurou a Delegacia Especial de Turismo (Detur) e registrou um boletim de ocorrência, alegando que foram contratadas pelo investigado, para trabalhar em uma construtora, aberta recentemente por ele, mas não receberam seus salários.
As vítimas desconfiaram que os documentos apresentados pelo investigado poderiam ser falsos e que, provavelmente, a construtora não existia. Diante da situação, as vítimas acionaram a Detur, que contactou a Divisão de Inteligência e Planejamento Policial (Dipol). A Divisão de Inteligência identificou a localização do investigado e confirmou a fraude documental.
Além dos crimes que cometeu em Santa Catarina e no Paraná, o investigado também já foi preso, por estelionato, em São Paulo, onde possui dezenas de boletins de ocorrência, inquéritos policiais e processos judiciais registrados contra ele.
Em Aracaju, o investigado utilizou o nome e os dados de uma famosa construtora de São Paulo, para alugar um galpão e um escritório de coworking, porém, ele não pagou os alugueis. O Investigado também utilizou os dados para adquirir oito computadores, três celulares e uma central telefônica, em uma loja de informática, e não pagou pelos itens.
Da mesma forma, o investigado enganou várias pessoas e simulou contratá-las para trabalhar na construtora, exercendo funções variadas, a exemplo de atendente, secretária, motorista, serviços gerais e vigilante, mas nunca houve qualquer pagamento de salário.
Desde o dia em que chegou a Aracaju, o investigado ficou hospedado em pelo menos três hoteis, localizados próximos à Orla de Atalaia. Nos estabelecimentos de hospedagem, ele utilizou documentos falsos para não pagar as diárias. Antes do vencimento das últimas diárias, ele não retornou aos hoteis e chegou a abandonar malas de roupas vazias, dentro dos quartos.
As investigações continuam em andamento para identificar todas as vítimas e contabilizar os prejuízos causados pelo investigado.
Fonte: A8se
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