Enquanto o forró embala multidões nas festas juninas, situações graves como assédio, abuso sexual e exploração de menores também ganham espaço entre os casos registrados pelas autoridades. O alerta é do Departamento de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAGV), que reforça a importância da denúncia e da atenção redobrada durante os festejos.

Segundo a delegada Marcela Souza, titular da Delegacia de Atendimento à Mulher e Demais Grupos Vulneráveis de Estância (DEAGV), é justamente nesse período — especialmente nos meses de junho e julho — que crescem os casos de importunação sexual, estupro de vulnerável e aliciamento de adolescentes.

“As festas são momentos de alegria, mas há dados que mostram aumento de crimes sexuais nesse período. Importunação sexual tem pena de um a cinco anos de prisão. Já o estupro de vulnerável, de oito a 15 anos”, ressalta.

Paquera ou crime?

Marcela explica que é preciso diferenciar a brincadeira saudável de comportamentos invasivos e criminosos, como danças forçadas, beijos sem consentimento ou insistência após um “não”.

“As meninas querem dançar, se divertir, mas qualquer constrangimento ou atitude forçada configura importunação sexual”, pontua a delegada.

Ela também destaca que a sociedade pode — e deve — agir, acionando imediatamente as forças de segurança pública em caso de suspeita.

Álcool e menores: combinação proibida

Outro ponto crítico durante os festejos é o consumo de bebida alcoólica por adolescentes. Segundo a legislação, oferecer ou vender álcool a menores é crime, com pena de dois a quatro anos de prisão.

“É dever dos comerciantes e da população impedir o acesso de crianças e adolescentes a qualquer substância que gere dependência química”, reforça Marcela.

Como denunciar

Situações de risco devem ser denunciadas no momento em que ocorrem. A Polícia Militar, Polícia Civil ou a Guarda Municipal podem ser acionadas imediatamente nas festas.

“Não espere ter provas. Ao presenciar algo suspeito, denuncie. A investigação é feita pela Polícia Civil e o flagrante pode ser lavrado na hora”, orienta a delegada.

A proteção de crianças e adolescentes é responsabilidade coletiva. Durante os festejos, fique atento. Divertir-se com segurança também é cuidar do outro.

Fonte: Portal Itnet

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