Ajudar o próximo. Esse é o lema do estudante Gabriel Weber, de 13 anos. Desde os seis, ele é voluntário das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), se dedicando a dar atenção aos pacientes e fazendo campanhas de arrecadações.

Nesta terça-feira (13) completa um ano da canonização da santa. O estudante também relembrou esse momento, que para ele foi histórico. “A gente [ele e a família] ficou muito feliz. Ela sempre foi santa”, destaca.

Gabriel ressalta a importância de todo ensinamento deixado pela Santa Dulce, principalmente o acolhimento aos necessitados.

“Com cinco anos eu quis ser sócio-protetor. Dar uma quantia em dinheiro para as Obras. Eu tinha uma mesada de R$ 30 e dava R$ 10 todo mês”, detalha.

Sócio-protetor é a pessoa que contribui mensalmente com um valor em dinheiro para a Osid. A mãe de Gabriel relata que ele conheceu o Memorial Irmã Dulce, que guarda objetos e história da Santa, aos cinco anos. Desde então, o garotinho teve curiosidade sobre a história da santa.

“Foi o despertar dele. Depois que mostrei tudo [a Osid], ele me perguntou: ‘Se as obras atendem de graça, como as obras têm dinheiro para atender todo mundo?’ Expliquei para ele conforme entendimento da idade e logo ele quis ajudar”, conta a mãe de Gabriel, Sheila Weber.

Com seis anos, Gabriel decidiu fazer uma campanha para ajudar na construção do banco de sangue do Hospital Santo Antônio, que faz parte das Obras.

“Fiz a campanha dos R$ 100 reais achando que esse valor ia dar para construir toda a unidade de coleta e transfusão de sangue. Eu achava que era uma fortuna. Consegui R$ 250 e eu doei para as Obras”, relembra.

O estudante disse que já se vestiu da Papai Noel para dar presentes, já fez outras campanhas de arrecadação e destaca que o importante é se movimentar para ajudar quem precisa.

“Minhas metas de campanha sempre foram absurdas”, brinca.

“Uma vez quis arrecadar uma tonelada de alimentos. Consegui 850 kg, mas já foi alguma coisa, já ajudou. Na época eu tinha sete anos”, conta.

Com a pandemia, as visitas dos voluntários estão suspensas nas Obras. Antes disso, Gabriel, que integra o grupo de voluntariado Anjinhos de Dulce, participava de atividades para as pessoas que estão no Centro de Acolhimento a Pessoas com Deficiências da unidade.

“Com a pandemia, não estou podendo ir lá. Eu faço campanhas de arrecadações e continuo com sócio-protetor. Os pacientes de lá estão entediados, sem ter o que fazer, então a gente vai, conversa, joga tabuleiro, dá atenção a essas pessoas”, conta.

Em agosto deste ano, ele participou do Concurso Virtual Altar de Santa Dulce dos Pobres, promovido pela Osid, durante as comemorações do dia de Irmã Dulce, celebrado em 13 de agosto. Isso porque foi em 13 de agosto de 1933 que ela recebeu o hábito de freira e adotou o nome pelo qual ficou conhecida.

No altar, Gabriel trouxe uma Santa Dulce bem grande, feita com materiais recicláveis e, embaixo, o globo terrestre com várias pessoas ao redor. Sua obra teve como título: ‘Santa Dulce: a Santa da Bahia, do Brasil, do Mundo e de todos’.

“A ideia foi minha, mas tive ajuda na hora de fazer. As pessoas ao redor do mundo representam que Irmã Dulce acolhe e ama todo mundo independentemente de cor da pele, de doença. Se você reparar, tem pessoas de todos os tipos, com cores de olhos diferentes, pessoas de óculos. Tentei englobar o máximo de pessoa possível para poder representar isso, que ela amava a todos”, conclui.

Fonte G1 Bahia

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