Três pessoas foram indiciadas pelo crime de golpe de pirâmide financeira que gerou um prejuízo estimado em R$ 60 milhões com vítimas em Sergipe. O caso foi divulgado nesta quarta-feira (27).

Segundo informações policiais, dentre os indicados, está o líder do esquema que utilizou sua influência em redes sociais e promessas de altos rendimentos para conquistar a confiança das vítimas.

A apuração policial é conduzida pela Delegacia de Defraudações e Combate à Pirataria (DDCP), vinculada ao Departamento de Crimes Contra o Patrimônio (Depatri). 

O inquérito policial foi instaurado em outubro de 2023, quando uma das vítimas procuraram a DDCP para noticiar o fato, uma vez que o investigado parou de pagar os rendimentos mensais prometidos e tinha informado uma suposta transferência de valores aportados para outra empresa.

O esquema era operado por meio de um “Clube de Investimentos” e envolvia a captação de novos participantes com promessas de lucros mensais garantidos, mas sem a venda de produtos ou serviços reais. 

O rendimento apresentado pelo esquema era de 2% ao mês, e nunca inferior a esse percentual. 

As vítimas registraram boletim de ocorrência e narram que o único sócio e líder do esquema exibia-se em redes sociais e empresariais como um bem-sucedido gestor de ativos e intermediador de negócios financeiros. Ele tinha mais de 115 mil seguidores no Instagram.

No período entre abril de 2019 e janeiro de 2023, os investigados obtiveram vantagem indevida por meio do esquema de pirâmide financeira, movimentando cerca de R$ 60 milhões. 

Porém, as investigações indicaram ainda que grande parte das vítimas já havia aportado valores em investimentos capitaneados pelo líder do esquema – enquanto pessoa física, junto a outra empresa – nos anos de 2017 e 2018 com a compra de supostas cotas de investimentos atrelados ao dólar. 

Em 2018 e 2019, as vítimas começaram a receber sondagens e propostas do líder e dos prepostos do esquema para alocação de recursos em outra operação que ele criou: o “Clube de Investimentos”, alvo da ação policial da DDCP. 

Segundo o informado pelo grupo às vítimas na época do fato, o produto anterior seria descontinuado. Diante disso, as vítimas migraram seus investimentos para o “Clube de Investimentos”, ou adquiriram cédulas de crédito bancária, bem como novos clientes foram realizando suas contratações.

Fonte: A8se

Leave a Reply

Your email address will not be published.